sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Redirecionando...


Hora de fazer promessas pro ano que se aproxima, renovar sentimentos válidos, retomar coisas importantes - outrora deixadas de lado - ou mesmo rever conceitos...
- Nada mais que manuntenção de tradições! É só mais um ano que entra e que terminará como outro qualquer...
- Mas não deixa de ser um reinício...uma nova chance que a vida oferece...porque não criar expectativas pra esse novo recomeço?

Expectativas...palavra que causa arrepios!! Porque esperar não mais faz sentido. Sequer diverte! E essa é a hora em que todos os pensamentos se voltam pra si...o espiríto parece mais egocêntrico que nunca...porque no próximo ano se espera encontrar o grande amor, ou a grande oportunidade de emprego, quem sabe superar problemas mal resolvidos, passar no vestibular ou ainda fazer aquela viagem... Isso é o comum; o geral!
Dessa vez, ser comum parece ser o mais acertado. Façamos uma lista de coisas que se objetivam para os próximos 365 dias...

Expectativas
expectativas
expectativas...

Só que com um diferencial: quem sabe dessa vez o "agente da passiva" seja necessariamente termo indispensável à voz reflexiva. Explico:
"Eu, ainda confiante na "raça" humana, espero apenas de mim mesma, embora isso pareça contraditório!"*

E quem disse que algum dia me importei com contradições??

Aí me sinto na obrigação de encerrar essa bobagem individualista com o cliché (mal necessário, às vezes):
- Não há amor mais verdadeiro que o amor próprio!**...brada o coração menos pulsante que em outros tempos.

*o destaque dos termos dispensa qualquer intervenção gramatical. Espera-se!
** dúvida remanescente: será que há reciprocidade??

domingo, 23 de dezembro de 2007

Quando a solidão não deixa alternativas...

...e a sua própria companhia se torna até agradável!!

Perdida entre canções e composições...

a reserva de Chico Buarque; a confusão de David Bowie; a serenidade de Keane; o amor próprio de Shakira; o rock zeppeliano e as cantigas dos idos 70; a veracidade sensível de Dido...
(acho que ela escreve pra mim, definitivamente!)

meu espelho: "I'm no angel, but please don't think that I can't cry"
é Dido...somos mulheres!!

Mil facetas...um "eu" apenas...


Freud explica. o tempo fala. o processo de socialização reclama. as conveniências impõem...
quem inventou essas malditas regras?
uma ideologia pra lutar; uma direção pra seguir; uma bandeira pra levantar; uma religião pra alienar; uma vocação pra definir; um estilo de música pra rotular (rol taxativo, diga-se de passagem); um paradigma pra guiar...
ciência pré-concebida; a força do imutável, porque a essência é a mesma; quantas carapaças pra mesma ordem vigente? quantos neologismos pra traduzir o óbvio? quanta futilidade pra consumir?

romper barreiras...derrubar os muros...fazer a diferença...os níveis de idiotização não são tão diferentes lá fora. nem no infinito particular de quem aqui repete frases feitas. do lado de lá só muda o ângulo de visão.
"rídicula. imatura. pequena burguesa. 'a litlle souvenir'. desejo. embalagem. um corpo debaixo das roupas cobiçáveis. utopia saindo pelas veias. subjetivismo exagerado". retórica pra fazer a média. conhecimento pra esbanjar. "contextos históricos vazios dessa humanidade podre e auto-destrutiva" pra rechear. ops...me perdi!

"princesa do castelo. intocável. a última palavra. o rumo certo. o pulso firme. o coração como o centro do universo. as lágrimas iminentes. a inteligência proeminente. a mulher dos sonhos". ops...lost again!

a inconsequente. a imaterialidade nada pragmática. a conduta repudiável. a ilha. a dissidência. o radicalismo. a manifestação (alô...eu também penso!!). a voz não ouvida. a vez não exercida. três copos de cerveja na mesa do bar. o prazer de criticar. três minutos pra opinar (alô...eu também sei falar). porque falar sobre política não faz parte das práticas femininas corriqueiras. principalmente quando se estuda "Direito". os vestidos curtos e provocantes não condizem com esses discursos. e partilhar do convívio masculino pode denunciar...tenho uma reputação a zelar! ops...perdida até o último fio de cabelo.

sou restrita. ainda não sei inovar. apenas uma aspirante a aspirante dos ares setentistas. só falo o que já ouvi falar. assim sendo, "só sei que nada sei"...nada de falsa modéstia ou humildade. é fato!