quarta-feira, 5 de março de 2008

Entre laranja e limão.


Minutos de um dia qualquer
Oh como eles podem ser doces e suaves!!
Como podem ser delicadamente traiçoeiros
e covardes...

Eles passam, sem consideração pelo que ficou
e pelo que ainda pode ser.
Quem disse que o tempo se preocupa com sorrisos, rugas, ou tentativas frustradas?
Ele responde, cura, antecipa, retarda, inconsequentemente. Mas passa.
Desfila pela dor, pela angústia, pela solidão...

Solidão...O tempo não lhe é páreo.
Nem importa quem é o vencido ou o vencendor.
Tempo e solidão são farinha do mesmo saco, células de um mesmo tecido.
Tão substantivos, que parecem palpáveis.
Tão abstratos, que sublimam. Tão reais e cruéis que torturam.

Quem sabe ser só, não teme o tempo.
Quem espera, não resiste à solidão.
Quem vive, se submete às inconstâncias do "Senhor da Razão"
e se sujeita aos dissabores do vazio inevitável.

Um comentário:

Juaum Ferreira disse...

As vezes por mais que tentemos escapar acabamos entrando no "bloco do eu sozinho" - um bloco carnavalesco cheio de pensamentos, sons e devaneios embalados pelo "estar só"...

Mas essa nossa solidão é parcial, viu moça?! Mesmo que ela aperte o cinto e doa como fome! ^^ Aprendo ctg!