quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quem sou eu no jogo do bicho?


Prazer!
Sou Juliana, aquela que desceria uma caixa de cerveja se tivesse dinheiro e que quer sambar sim! Principalmente se for na cara do capitalismo, ao som de Chico Buarque e no ritmo da liberdade.

Drama é meu segundo nome; fundo do poço é o meu limite e vontade eu nunca estou pronta pra passar.

Status permanentes: ousando sair da cápsula; desenquadrando-me; desmuralizando-me e sendo redundante.

Sou tantas que mal consigo me distinguir. (Martha Medeiros)

Eu sou uma farsa.
Tragicomédia grega.
Um drama. Uma trama.
Ode aos desesperados.
Um canto abafado.
Um eco qualquer no vazio.
Alma marginal.

Muitas vezes, um cansaço psicológico.
Outras tantas, uma fadiga física
Além de um punhado de inquietações,
Questionamentos e lamentações.
Sou apenas um insistente sopro de vida.

esquisofrenicamente existente. tragicamente sensível. torpemente fugaz. bebadamente alegre. ininterruptamente criança. financeiramente falida. desastrosamente besta.
phd na arte de chorar. sei de pouco um tudo.

Um ponto; um segmento de reta - numericamente traduzido numa dízima periódica - entre as agonias e as alegrias de estar, sob a égide de “A Insustentável Leveza do Ser”, de Kundera.

Sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal. (C.Lispector)

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno e asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: - mais nada. (Cecília Meirelles)

A poesia me desbrava.
As coisas muito claras me noturnam.
Meu fado é de não entender quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
(Manoel de Barros)

A verdade é que
Eu sempre pensei que adoraria viver perto do mar
Viajar o mundo todo sozinho
E viver da forma mais simples
Eu não tenho idéia do que aconteceu com esse sonho
Porque não há mais nada aqui para me impedir
(Dido)

Essa moça aqui? “She’ll do crazy things on lonely occasions.” (Janis Joplin). Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive. ela dança a coreografia de seus sentimentos. (Caio F. de Abreu)

Mas, se a minha vida está para alugar
E eu não aprendo a comprá-la
Então, eu não mereço nada mais do que tenho
Porque nada do que eu tenho é verdadeiramente meu
(Dido)

É que "eu não sou as coisas (leia-se, instituições; institutos ou o instituído) e me revolto". Além disso, meu coração sempre me diz que a indignação é o princípio para a transformação.

E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.” (C. Lispector)

I’m just a love machine or a runaway in trouble.
Um animal sentimental, que só consegue o equilíbrio cortejando a insanidade.

Quero saber, entre todas aquelas que eu sou, quem é a chefe, quem manda dentro de mim. (Martha Medeiros)

I Told you, I was trouble. (Amy Winehouse)


Esse texto é o resultado da soma de várias tentativas de auto-definição ao longo de anos, recolhidas de redes sociais das quais fiz/faço parte. Umas vezes escrevi, outras tantas me encontrei nas frases de outros autores. Certo é que, na ânsia de me definir, as palavras se fizeram contraditórias e limitadas, como todo ser humano o é. 

Observação: cada parágrafo (ou seqüencia de versos seguidos) corresponde a um momento da vida que tentei me enquadrar em léxicos.

Um comentário:

Juliana de Andrade disse...

concluindo, esse post não tem sentido nenhum.