sábado, 30 de março de 2013

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Há dois anos o dia 02 de abril me 'presenteia' com a realidade, essa coisa de onde a gente não pode correr, embora a gente até pagasse com a alma se preciso fosse.

Os sonhos só me arrebatam no últimos dos meus suspiros, quando o desespero já me exariu e não tem mais fonte pra secar. Eles vem quase como uma recompensa por ter suportado tanta dor. É quando lá do mais profundo abismo sou resgatada.

Sempre foi assim. Mas o tempo, mais cruel do que a realidade, cobra caro a cada minuto avançado. E não há com o que se pagar a não ser com a própria carne, nas coisas intangíveis e mais fundamentais.

Até sorrio quando uma nova revolução solar se inicia, mas sei que depois da festa e dos amigos tem o quarto sóbrio e solitário e a minha cabeça rodando. Nos últimos tempos, tenho arrepio de completar anos. Sei que é um ano a menos de caminhada. E eu ainda tenho tanto pra caminhar...

Tem sido frio o fins de março. E solitários os princípios abris. A solidão da alma entregue, perdida, desolada, companheira

Como, então, não ter nostalgia da infância, onde o tempo parece infinito? E gratuito. Onde não se usa relógios e nem se nota os calendários. Onde o único tempo é de ser pequeno de vivência e grande de pureza.

Já contribuí muito distribuindo esse eu por aí. Especialmente a mim. Queria aposentadoria. De preferência longe, muito longe daqui.

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