sábado, 2 de março de 2013

fingindo ser o que já sou.



se esse post fosse uma comunidade do Orkut, seria aquela 'já chorei na frente do pc.'

aquelas lágrimas entre um suspiro e outro, quietas e ao mesmo tempo persistentes, ali, no meio da mais absoluta e altiva solidão. elas não querem incomodar ninguém. só querem correr livres. 

difícil não lhes permitir o corredor das minhas bochechas e o soluço aderente. é o que sobra, além dos caquinhos que a gente aprende a juntar pra fazer um novo mosaico, colorido...

eu olho pras coisas que tenho escrito, olho pras palavras que se debatem em mim, olho pros meus dias recentes, mesmo sabendo que tenho de deixá-los no ontem. 'o passado é um segundo coração que bate em nós', mas todo dia me repito que é hora de pegar as malas e ir pro outro lado.

a gente se convence sem se convencer. e vai sobrevivendo. lá no finzinho de cada choro, tem as mãos enxugando o rosto lavado, dizendo: 'dói, mas você sabe que é do caminho.'

às vezes, fazer o corriqueiro se transforma no maior dos nossos desafios: caminhar...

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